Como Cuidar de Gatos Persas
4 Métodos:Cuidando da Pelagem de seu GatoAjudando o seu Gato com Problemas RespiratóriosCuidando dos Olhos de seu GatoLidando com Doenças Relacionadas
Com um rosto quase de boneco, olhos grandes, seu temperamento gentil e uma amável personalidade, o gato persa representa uma popular espécie de estimação. E, como ocorre com todos os bichinhos, ter o seu gato persa de estimação vem com seu conjunto próprio de responsabilidades. Do cuidado da pelagem a problemas de saúde, há muitos itens a se considerar ao cuidar de um gato persa. Comece pelo Passo 1 para aprender mais.
Passos
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Cuidando da Pelagem de seu Gato
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1Comece a escovar os pelos de seu gato desde cedo. Para garantir que o seu gato persa aceite ser escovado com frequência, é preciso começá-lo desde tenra idade. Desde o primeiro dia, escove a pelagem de seu gatinho para acostumá-lo à experiência. Se isso não ocorrer, ele poderá desgostar do ato de ser escovado, podendo dificultar em muito o cuidado de sua pelagem.
- Uma forma de ajudar o gato a aceitar ser escovado é fazê-lo logo antes da hora da comida. Desse modo, ele associará o ato da escovação ao alimento (que é algo de que gosta muito).
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2Obtenha um pente que funcione bem na pelagem persa. Você precisará de um pente de metal com cerdas estreitas em um lado e largas e espaçadas em outro, para desembaraçar adequadamente a todos os pelos. Uma escova de metal com cerdas finas também pode ser boa para remover o excesso de pelos, que têm a tendência de se embaraçar.
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3Aprenda a forma correta de escovar a pelagem de seu gato persa. Um erro comum cometido por donos é escovar a parte externa da pelagem sem alcançar as raízes dos pelos. Pense em escovar o gato em termos de pentear o seu próprio cabelo: você deve repartir o pelo e escová-lo a partir dos nós, removendo o embaraço até a ponta. Essa mentalidade pode também ser aplicada em seu gato. Do mesmo modo que com o seu próprio cabelo, é mais eficaz (e confortável para ele) escová-lo na direção de crescimento dos pelos. O processo de escovação adequado envolve:[1]:
- Partir o cabelo e usar as cerdas mais largas do pente para remover a quaisquer nós soltos. Esse passo também ajuda a forçar os pelos a manter-se em uma única direção, tornando-os mais fáceis de desembaraçar.
- Usando as cerdas estreitas do pente, trabalhe em seções e progrida da cabeça à cauda. Isso lhe ajudará a escovar pelos soltos.
- Uma vez que você tenha eliminado os pelos soltos, escove-o novamente com a parte larga do pente, fazendo-o a partir da raiz e finalizando ao longo de todo o corpo do gato, com a parte estreita.
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4Escove a pelagem de seu gato diariamente para mantê-lo saudável. Embora a escovação possa não parecer importante, a pelagem luxuriosamente longa de um gato persa pode se tornar um problema muito rapidamente. Quando os pelos de seu gato se embaraçam, eles se tornam emaranhados.
- Esses emaranhados se acumulam, puxando a pele de seu gato — o que pode ser bastante desconfortável —, e podem se embaraçar a tal ponto que criam pedaços duros de pelos em certas partes do corpo.
- Ter pelos embaraçados pode também aumentar as chances de o gato desenvolver infecções de pele. Quando o pelo está emaranhado, é muito mais difícil para o gato limpar a pele por baixo da pelagem. Se a pele permanecer sem limpeza, é frequente o surgimento de infecções.
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Ajudando o seu Gato com Problemas Respiratórios
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1Entenda o termo braquicefalia. Gatos persas são braquicefálicos, o que significa que suas câmaras nasais e seus narizes são achatados, se comparados com outras espécies. Essa característica faz parte da raça dos persas: a de que, em visão lateral, o nariz não se sobressalta mais além do nível dos olhos.[2]
- Infelizmente, isso também significa que o gato sacrificou um sistema de membranas mucosas alinhadas à câmara nasal, responsável por filtrar e aquecer o ar. Isso predispõe os persas a espirros e irritações nasais, pelo fato de não possuírem o sistema de filtragem normal que representa a primeira linha de defesa contra infecções.
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2Mantenha limpo o nariz de seu gato. A melhor forma de ajudá-lo a combater infecções respiratórias é mantendo seu nariz limpo. Assegurar-se dessa limpeza é muito importante, pois o nariz achatado de um gato persa pode se bloquear facilmente, dificultando sua respiração. Você deve usar um pano limpo, molhado e quente para limpar o nariz de seu gato e garantir sua desobstrução.
- Limpe o nariz de seu gato pelo menos uma vez por dia, e sempre que ele parecer levemente obstruído.
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3Vacine o seu gato regularmente. Persas são propensos a infecções respiratórias porque não têm tanta proteção contra agentes patógenos, devido ao formato de seus narizes. Gatos têm normalmente uma camada defensiva extra em seus narizes que ajuda a bloquear a entrada de bactérias e outros agentes patógenos, que não existe nos gatos persas. Por essa razão, é importante levar o seu gato ao veterinário para ser vacinado regularmente contra a gripe felina.
- Se você notar que o seu gato está tendo dificuldades ao respirar ou espirrando incontrolavelmente, leve-o ao veterinário.
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Cuidando dos Olhos de seu Gato
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1Esteja ciente de que um gato persa podem ter problemas oculares devidos à sua forma facial. Parte do apelo dessa espécie é representada pelo rosto arredondado e achatado e por seus olhos grandes. Infelizmente, as características que tanto os embelezam podem também trazer problemas. Todos os gatos produzem fluidos lacrimais que servem para manter úmida a superfície ocular e saudáveis suas córneas. Esse fluido deve ser drenado através dos dutos lacrimais em cada olho, mas, infelizmente, o nariz achatado de um gato persa significa que eles estão também amassados, não sendo capazes de realizar uma drenagem adequada.[3]
- Pense nisso como uma mangueira que você dobra ou sobre a qual pisa, impedindo a água de fluir. É isso o que ocorre por conta do nariz retraído de seu gato.
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2Limpe o excesso de lágrimas de seu gato. A melhor forma de ajudá-lo é simplesmente limpar as lágrimas excessivas, que têm a tendência de manchar sua pelagem e irritar sua face. Se você notou que o seu gato tem um excesso de fluidos faciais, use um pedaço de pano ou papel-toalha para limpá-lo.
- Limpe os olhos de seu gato pelo menos uma vez ao dia. Você deve tentar fazê-lo sempre que a parte abaixo dos olhos estiver molhada.
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3Entenda o porquê de o fluido ocular do gato persa se tornar marrom. Você pode estar se perguntando por que o fluido que sai dos olhos de seu gato fica amarronzado. A razão para tal é que substâncias químicas chamadas de porfirinas são encontradas no fluido lacrimal que, quando expostas ao ar, se oxidam, passando a apresentar a característica coloração enferrujada.
- Esse é o mesmo processo que torna marrom a parte interna de uma maçã.
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Lidando com Doenças Relacionadas
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1Esteja alerta a qualquer sinal de doença. Embora gatos persas tenham sido criados por sua aparência única, essa espécie também os predispôs a certas doenças. Embora ainda nada possa ser feito para evitar o aparecimento de doenças às quais o seu gato está geneticamente predisposto, é possível estar atento a sinais dessas doenças e tratá-lo tão logo eles apareçam.
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2Tome cuidado com a doença renal policística. Esse problema genético afeta a um em cada três gatos persas, resultando na formação de múltiplos cistos cheios de fluido, nos rins, podendo levar a uma nefropatia. Uma vez que o problema tenha sido identificado, a longevidade de seu gato pode ser estendida com a prescrição de dietas e medicamentos renais, como inibidores da enzima de conversão da angiotensina, ou IECAs, que auxiliam na capacidade de filtragem dos rins.[4] Os sintomas incluem:
- Beber mais do normal;
- Redução no apetite;
- Letargia;
- Perda de peso;
- Vômitos.
- Se você reconhece a qualquer desses sinais em seu gato, leve-o ao veterinário.
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3Esteja atento aos sintomas da cardiomiopatia hipertrófica. Essa doença faz com que a parede cardíaca se torne mais espessa, reduzindo sua capacidade de bombear sangue para o corpo. Felizmente, há drogas como diuréticos e IECAs que podem reduzir a carga suportada pelo coração, estendendo a longevidade do animal.[5] Os sinais de que o seu animal possui um problema cardíaco são vagos e não-específicos. No entanto, é possível atentar ao seguinte:
- Intolerância a exercícios;
- Dormir mais do que o normal;
- Falta de interesse na comida ou na limpeza pessoal;
- Respiração curta e respirar com a boca aberta.
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4Esteja atento aos sinais da atrofia progressiva da retina. Essa doença se trata de um afinamento geneticamente programado da retina, eventualmente levando à cegueira. Embora pareça se tratar de algo perturbador, gatos são excelentes em compensar a falta da visão. Eles são adeptos ao uso de seus bigodes, de seu olfato e da audição, ao se movimentarem. Se o seu gato se tornar cego, geralmente será melhor mantê-lo dentro de casa e rearranjar os móveis, já que ele poderá se sentir desorientado.[6] Sinais de cegueira incluem:
- Bater em objetos deixados pelo caminho e que não estejam em sua posição costumeira.
- Pupilas que não mais se contraiam frente à luz intensa, mantendo-se grandes e pretas.
Dicas
- Dê ao seu gato bastante amor e afeto diariamente.
Avisos
- Se você perceber quaisquer sinais de doenças em seu gato, leve-o ao veterinário.
Fontes e Citações
- ↑ http://www.catchannel.com/about-persian/washing-brushing-persians.aspx
- ↑ Brachycephalic airway syndrome: management. Lodato, Hedlund. Compendium of Continuing Education/ Vet. Agosto de 2012; 34(8):E4
- ↑ Histological observations upon the porphyrin-excreting Harderian gland of the albino rat. Allan and Griffin. American Journal of Anatomy. Vol 71, Edição I, p. 43-46
- ↑ Normal Doppler velocimetry of renal vasculature in Persian cats. Carvalho and Chammas. Journal of Feline Medicine and Surgery. Junho de 2011; 13(6):399-404.
- ↑ Comparative echocardiographic and clinical features of hypertrophic cardiomyopathy in 5 breeds of cats: a retrospective analysis of 344 cases. Trehiou-Sechi, Tissier et al. Journal of Veterinary Internal Medicine. Maio a Junho de 2012; 26(3):532-41
- ↑ Early-onset, autosomal recessive, progressive retinal atrophy in Persian cats. Rah, Maggs, Blankenship et al. Investigative Ophthalmology and Visual Science. Maio de 2005; 46(5):1742-7