3 Formas de Quebrar um Vínculo Traumático - 绮罗网

Como Quebrar um Vínculo Traumático

3 Métodos:Examinando o relacionamentoComprometendo-se a mudarObtendo apoio

O vínculo traumático é uma condição psicológica complexa na qual a vítima de um relacionamento abusivo pode sentir proximidade, lealdade e afeição em relação ao abusador.[1] Ele pode fazer com que a pessoa fique com o abusador, defenda-o e faça de tudo para agradá-lo. Se você estiver em um relacionamento abusivo, é importante procurar ajuda para sair dele e evitar a continuidade do abuso. Para algumas pessoas, entretanto, quebrar o vínculo traumático com o abusador pode ser necessário para que elas sigam em frente. Algumas estratégias que você pode usar para quebrar esse vínculo incluem examinar o relacionamento, comprometer-se a fazer mudanças em seu próprio comportamento e buscar o apoio de outras pessoas.

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Examinando o relacionamento

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    Escreva uma história sobre o relacionamento. Pode ser útil adquirir uma perspectiva diferente a respeito de uma relação abusiva ou disfuncional quando se está tentando quebrar um vínculo traumático. Uma maneira de fazê-lo é escrevendo uma história sobre o relacionamento.[2]
    • Escreva na terceira pessoa, chamando a a você por seu próprio nome. Por exemplo, se seu nome for Joana, fale sobre si mesma como Joana na história.
    • Conte o relacionamento do começo ao fim. Tente incluir informações sobre os momentos bons e ruins. Por exemplo, você pode escrever algo como: "Joana e José eram um casal feliz no começo, mas José começou a bater em Joana quando ficava frustrado com ela ou estava de mau humor".
    • Compartilhe a história com um amigo próximo ou com o terapeuta quando terminar. Lê-la pode ser terapêutico e dar a você a chance de falar sobre algumas das coisas pelas quais passou.
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    Faça perguntas a respeito do seu relacionamento. Outra maneira de examiná-lo é perguntando e respondendo algumas dúvidas sobre ele. Você também pode falar sobre seu relacionamento ideal para poder comparar o que tem ou teve com o que gostaria de ter. Algumas perguntas a se fazer incluem:[3]
    • O que desejo de um relacionamento? Com que tipo de pessoa gostaria de me relacionar?
    • Como a minha relação atual me afeta?
    • Estou sendo valorizado nesse relacionamento? Caso contrário, o que a outra pessoa faz para me desvalorizar? O que eu faço para me desvalorizar?
    • O que eu exagero e o que deixo para lá, mas não deveria, nessa relação?
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    Examine suas tentativas de mudar a pessoa. Outro fator importante para se quebrar um vínculo traumático é comprometer-se a parar de tentar mudar a pessoa com a qual você se relaciona. Você pode ter a impressão de que é só explicar como se sente a essa pessoa e fazer com que ela mude o comportamento, mas esse pensamento não é realista.[4]
    • Pense em quantas vezes já tentou explicar sua perspectiva a ela. Talvez você tenha tentado escrever para a pessoa com o intuito de explicar seus sentimentos e sua perspectiva. Esses são comportamentos comuns em um relacionamento com um vínculo traumático, mas é pouco provável que sejam eficazes.
    • Reconheça que você não pode controlar a maneira como a outra pessoa se sente, pensa ou age; apenas suas próprias palavras e ações.

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Comprometendo-se a mudar

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    Prometa ser honesto consigo mesmo. Isso é importante se você quiser ver alguma mudança real e quebrar o vínculo que tem com a pessoa. Você precisará identificar quando está mentindo para si ou ignorando algo importante no relacionamento.[5]
    • Pode ser difícil enfrentar a verdade e ver o quanto o relacionamento é prejudicial, mas será melhor se você fizer isso.
    • Experimente dizer a si mesmo algo como: "Prometi ser honesto comigo mesmo".
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    Liste os comportamentos que você não fará mais. A pessoa com a qual você tem um vínculo pode conhecer você muito bem e usar isso para obter alguma reação sua. Para quebrar o ciclo, identifique os comportamentos que você tende a demonstrar quando fica incomodado e anote-os.[6]
    • Por exemplo, talvez você costume responder com raiva se a pessoa faz um comentário negativo a respeito da sua comida. Inclua-o na lista e pare de se envolver com os comentários da pessoa dessa maneira.
    • Você provavelmente precisará escolher uma maneira alternativa de lidar com certas situações, o que pode incluir ignorar a pessoa, sair do local ou mudar de assunto.
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    Identifique os comportamentos de autossabotagem. Tratam-se daqueles que você continua fazendo, apesar de saber que não são bons para você e não ajudam a melhorar a situação.[7] Procure listar tudo o que você faz nesse sentido.
    • Por exemplo, você pode incluir na lista coisas como acreditar na pessoa quando ela promete mudar, suportar abuso verbal ou usar álcool e drogas para lidar com a disfunção do relacionamento.
    • Talvez você precise procurar ajuda profissional para resolver alguns desses problemas. Por exemplo, se achar difícil ou até impossível ficar sem o álcool ou as drogas, pode ser que você tenha de passar por uma clínica de reabilitação.
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    Reconheça seus sentimentos. Recusar-se a reconhecê-los pode torná-los mais fortes, e não dará a você a chance de trabalhar com eles.[8] Procure reconhecê-los todos os dias.
    • Por exemplo, se estiver se sentindo triste, permita a si mesmo chorar ou dizer em voz alta: "Estou triste".
    • Prestando atenção em como você se sente e se dispondo a aceitar seus sentimentos, você poderá processá-los em vez de acumulá-los.
    • Você também pode tentar escrever a respeito de como se sente. Manter um diário pode ser uma maneira útil de expressar suas emoções.
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    Cuide de si. Também é importante tomar conta de si mesmo para quebrar um vínculo traumático.[9] Talvez você tenha negligenciado sua saúde e seu bem-estar em favor da pessoa à qual está ligado, por isso é importante voltar o foco para si mesmo. Você pode tentar o seguinte:
    • Exercitar-se mais: fazer exercícios regularmente é uma ótima maneira de ajudar seu corpo a processar a adrenalina de uma experiência traumática e aumentar as endorfinas (os analgésicos naturais) do organismo.[10]
    • Descansar o suficiente: descansar bastante ajudará você a funcionar na sua melhor forma, portanto, procure dormir pelo menos sete horas por noite.
    • Comer alimentos saudáveis: eles o ajudarão a se sentir melhor e também são importantes para mostrar para si próprio que você valoriza seu corpo.
    • Tire um tempo para relaxar. Usar técnicas de relaxamento pode ajudar a diminuir o estresse e a ansiedade. Experimente respirar fundo, fazer um relaxamento progressivo dos músculos, relaxar com a yoga ou meditar.

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Obtendo apoio

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    Procure seus amigos e familiares. Só de falar com eles a respeito da situação e dos seus sentimentos, você provavelmente já se sentirá melhor. Também pode ser reconfortante saber que há pessoas que se importam com você e querem ajudar.[11]
    • Tente se encontrar com um amigo ou familiar uma vez por semana ou ligar para alguém durante o dia se precisar conversar.
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    Entre para um grupo de apoio. Os grupos para sobreviventes de abuso podem ser uma excelente maneira de se conectar a pessoas capazes de se relacionar ao que você está passando.[12] Procure por um grupo desse tipo na sua região.
    • Você pode perguntar a um médico ou terapeuta a respeito de grupos de apoio na sua localidade.
    • Também é possível buscar fóruns de discussão on-line para se obter apoio de pessoas que tiveram de lidar com um vínculo traumático.
    • Os telefones de emergência disponibilizados por organizações de saúde ainda podem ajudar. Não tenha medo de usar os recursos comunitários disponíveis.
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    Procure um terapeuta. Se os seus esforços para quebrar um vínculo traumático não forem bem-sucedidos ou você estiver sofrendo repercussões do trauma, procure a ajuda de um profissional da saúde mental treinado e licenciado, como um terapeuta.[13] Ele pode ajudar você a quebrar o vínculo traumático e a desenvolver estratégias saudáveis para lidar com o problema enquanto passa por esse processo.

Dicas

  • As pessoas envolvidas em relacionamentos abusivos raramente se identificam por diversos motivos, incluindo os seguintes: medo do abusador, falta de confiança nas autoridades, vergonha e falta de esperança, vínculos traumáticos e ameaças.